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3 marcos italianos imperdíveis em Roma!

Conheça hoje 3 destes símbolos, suas histórias e fatos marcantes. Inclua cada um deles em seu roteiro e com certeza não vai se arrepender!

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Mesmo parecendo clichê, não deixe de lado os famosos símbolos italianos. Eles impressionam e encantam por sua beleza e história!

1. Fontana de Trevi

A Fontana di Trevi é a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada em Roma. Com 26 metros de altura e 20 metros de largura, impressiona pela sua grandiosidade, atraindo milhares de turistas que visitam o país.

Sua história:

No ano de 1453, o papa Nicolau V decidiu revitalizar a rede de canais para levar água límpida até Roma, decisão que moldou a estrutura necessária para que a Fontana di Trevi pudesse ser construída no futuro. O local permaneceu por quase dois séculos sem receber qualquer interferência quando, em 1629, o papa Urbano VIII contratou o famoso escultor Gian Lorenzo Bernini para renovar a fonte e transformá-la na obra de arte que conhecemos nos dias de hoje.  Bernini é tido como o principal responsável pelo resultado final da fonte, sendo dele a escolha de sua posição atual, em frente ao Palácio do Quirinal. A morte de Urbano VIII interrompeu o projeto até que, em 1762, Giuseppe Pannini finalmente conseguiu finalizar a Fontana di Trevi.

Sua lenda:

A lenda em torno da Fontana di Trevi afirma que, em 19 a.C., soldados romanos sedentos encontraram uma mulher jovem, que os levou até uma incrível fonte escondida de água cristalina, a 13 quilômetros de Roma.

Ao saber da história, o Imperador Augustus decidiu construir um aqueduto para transportar a água dessa fonte até a cidade, e chamou o projeto de Acqua Virgo (Águas Virgens), uma homenagem à jovem que salvou a vida dos soldados romanos. Muito tempo depois, uma fonte foi construída no local em que o aqueduto terminava, onde há uma intersecção de três ruas. Por ter a forma de um trevo, graças a essa intersecção, a fonte foi nomeada de Fontana di Trevi, expressão que remete a “trívio”, ou seja, um cruzamento de três ruas.

A tradição das moedas:


O mito das moedas nasceu graças ao filme "A fonte dos desejos”, lançado em 1954. Nele, três jovens norte-americanas viajam para a Itália e decidem jogar moedas na Fontana di Trevi, enquanto silenciosamente faziam pedidos para melhorar suas vidas. Logo em seguida, esses pedidos se tornaram realidade, criando a crença popular de que essa era uma fonte mágica. Com o tempo, novas superstições surgiram, como o modo correto de jogar as moedas, sempre de costas e com a mão direita.

O número de moedas jogadas nas águas da fonte é tão expressivo que, a cada ano, cerca de 1 milhão de dólares é retirado do local. Desde 2007, esse valor é revertido para instituições de caridade da região.

2. O Coliseu

O Coliseu de Roma (ou Anfiteatro Flaviano) é o maior anfiteatro já construído, um grandioso monumento histórico e arquitetônico de formato cilíndrico. Mundialmente conhecido, foi construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído durante o governo de seu filho Tito. Foi incluído pela Unesco na lista dos Patrimônios da Humanidade e eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Apesar das dimensões imponentes do monumento, o termo “Coliseu” não se deve aos 189 metros de comprimento, 156 de largura e 48 de altura, e sim a uma estátua dedicada ao imperador Nero, conhecida como o Colosso de Nero, localizada nos arredores.

Sua estrutura:

O Coliseu foi construído com tijolos revestidos de argamassa e areia, originalmente cobertos com travertino. Seus assentos eram de mármore e a arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada  pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

Por cima dos muros ainda podem ser vistas as bases de sustentação da cobertura de lona, destinada a proteger os espectadores do sol. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado, mesmo que suas arquibancadas tivessem capacidade para 80 mil pessoas.

Sua história:


Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que os cristãos eram lançados aos leões.  Em sua inauguração em 80 d.C., apenas oito anos depois do início das obras, as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.

As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso, símbolo do Império Romano e da cidade eterna.

No Coliseu eram realizados diversos espetáculos. Os combates entre gladiadores e escravos não eram pagos, mas os vencedores recebiam prêmios monetários e doações da platéia. Outro tipo de espetáculo era a caça de animais, com animais selvagens importados de África, principalmente grandes felinos como leões, leopardos e panteras. No entanto, animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes também eram utilizados.

As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios. Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 mil animais e 10 mil gladiadores no decorrer de 123 dias.

A arena tem esse nome, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob o palco de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena, como mostrado no filme “Gladiador”.

Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o Papa Bento XIV consagrou-o no século XVII à Paixão de Cristo e declarou o lugar como sagrado.

O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até o período do imperador Honório, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentiniano III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.

3. O Vaticano

Não importa se você é religioso ou não, visitar o Vaticano é uma experiência cultural e um fantástico encontro com a história. Sede da Igreja Católica, residência do Papa e uma cidade-Estado soberana, seu território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma. Com aproximadamente 440 mil metros quadrados e população estimada de mil habitantes, é a menor entidade territorial do mundo administrada por um Estado. A defesa do país é da responsabilidade da Itália, enquanto que a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça

Sua história:

Em 11 de fevereiro de 1929, o Tratado de Latrão entre a Santa Sé e o Reino da Itália foi assinado pelo primeiro-ministro e chefe do governo Benito Mussolini em nome do rei Victor Emmanuel III e pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Gasparri, que representava o Papa Pio XI. O tratado entrou em vigor em 7 de junho de 1929, estabelecendo o estado independente da Cidade do Vaticano e reafirmando o status especial do cristianismo católico na Itália.

Sua autonomia:


O Vaticano é fundamentalmente urbano e nenhuma das terras está reservada para agricultura ou outro tipo de exploração de recursos naturais. A cidade-estado exibe um impressionante grau de economia, nascida da necessidade extremamente limitada, devido ao seu território. O  desenvolvimento urbano é otimizado para ocupar menos de 50% da área total e o restante é reservado para espaços abertos, incluindo os Jardins do Vaticano.

O território possui muitas estruturas que ajudam a fornecer autonomia ao Estado soberano, que incluem: linhas ferroviárias, heliporto, correios, estação de rádio, quartéis militares, palácios e gabinetes governamentais, instituições de ensino superior, culturais e artísticas e algumas embaixadas.


Sua cultura:

A cultura do Vaticano é obviamente correspondente à cultura da Igreja Católica e o seu expoente são as obras de arquitetura como a Basílica de São Pedro, a Arquibasílica de São João de Latrão, a Praça de São Pedro, a Capela Sistina e a coleção dos Museus Vaticanos.

O palácio onde reside o Papa tem 5 mil quartos, duzentas salas de espera, vinte e dois pátios, cem gabinetes de leitura, trezentas casas de banho e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.

Dos fogões vaticanos saíram tentações como os ovos beneditinos (um capricho de Bento XI), a lagosta com trufa branca (habitual nas coroações do Renascimento), a mousse de faisão ao molho chaudfroid (prato preferido de Pio VI) ou o maçapão de água de rosas (uma iguaria na Idade Média).

A arquitetura do Vaticano, o canto gregoriano cantado pelo Coro da Capela Sistina, além das vestimentas e símbolos utilizados pelo Papa, pelos Cardeais e pelos soldados da Guarda Suíça, são considerados como uns dos principais resquícios da cultura medieval na atualidade.

Turismo:

O Vaticano recebe cerca de 8 milhões de visitantes por ano. O principal ponto de partida para conhecê-lo é a Praça de São Pedro, projetada por Bernini. Em frente, fica a Basílica di San Pietro. Construída sobre o túmulo de São Pedro, é o maior e mais importante edifício do catolicismo e guarda diversas obras de arte. Não deixe de entrar nos Museus e na Capela Sistina, onde fotos são proibidas e você pode admirar a genialidade das obras de Michelangelo, uma experiência inesquecível.

Você já conhece esses três famosos símbolos italianos? Garantimos que sua visita será inesquecível!